segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inconformismo versus paz


Leveza aparente. Ao mesmo tempo, uma breve pausa no chamado ímpeto-de-escrever ou coisa que o valha. Talvez ou só esteja mesmo sem assunto. Para anotar qualquer coisa, para falar ao telefone ou para simplesmente sentar numa mesa de bar ou tomar um chá numa tarde qualquer. É quase certeza que eu esteja ficando mais desinteressante.

Pois é. No mundo de hoje, todo mundo tem assunto. Seja sobre o hit da última estação ou sobre a morte do Bin Laden. Ah, também todo mundo sabe os resultados da rodada dos campeonatos estaduais de futebol. Eu até sei, mas estou sem assunto. Essas coisas me estão desinteressantes.

Ao mesmo tempo, não quero pensar sobre crises existenciais, problematizar a vida ou filosofar via Sartre. Deixei tudo pela estante. Sabe? Essas coisas todas não me dão muita paz, mas me fizeram ver que a minha paz é um pouco da minha felicidade.

Quero tomar um chá sozinha no meio da tarde e observar pessoas. Quero voltar ao meu paraíso de Ilha Grande e brincar na natureza, chegando em alguma praia ou cachoeira desconhecida. Quero contemplar e agradecer a vida.

É bom estar aqui, sabe? Só que de vez em quando eu esqueço disso porque eu fico problematizando demais.

É mal dos inconformados que querem mudar o mundo, mas... tenho visto que nem tudo é ruim e que eu posso fazer algo para mudar o mundo nas pequenas coisas.


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“Não acredito mais em revolução social, mas em microrreformas, transformações pessoais que sem que a gente perceba influenciam a comunidade, o estado, o país.”

Lya Luft, Múltipla Escolha

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